Sociedade

Brexit. Número de britânicos a residir em Portugal aumenta 36,7%

Antes da consulta popular que ditou o ‘Brexit’, o registo de 2016 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) indicava que 19.384 britânicos (11.442 homens e 10.489 mulheres) tinham residência em Portugal.

Os números de 2018 não estão consolidados, porém o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) estima que 26.500 britânicos sejam titulares de autorização de residência em Portugal.

Desde 2015 que o número de residentes do Reino Unido em Portugal regista um crescimento, assim como os fluxos migratórios anuais.

Nesse ano, foram concedidas autorizações de residência a 17.230 britânicos (9.049 homens e 8.181 mulheres) e o fluxo fixou-se em 1.866 (1.053/813).

Em 2016, os residentes do Reino Unido em Portugal aumentaram 12,8% relativamente ao ano anterior, fluxo migratório de 3.066 (2.182/1.650).

No Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo de 2016, o SEF assinalou que a nacionalidade britânica passou a ser a sexta nacionalidade mais relevante, depois de ter ultrapassado Angola, que registou 16.994 imigrantes nesse ano.

Outras nacionalidades (29,7%), Brasil (20,4%), Cabo Verde (9,2%) e Ucrânia (8,7%) foram as mais representativas, enquanto os residentes do Reino Unido em Portugal representaram 4,9%.

A tendência de subida das autorizações de residência em Portugal a cidadãos do Reino Unido voltou a verificar-se em 2017, com 22.431, 11.942 britânicos do sexo masculino e 10.489 do feminino.

O fluxo migratório demonstrou igualmente um crescimento relativamente a 2016, com 3.832 britânicos (2.182 homens e 1.650 mulheres).

De entre os imigrantes que fixaram residência em Portugal, os britânicos passaram de sexta para sétima nacionalidade em 2017, sendo ultrapassados pela China (5,5%, mais duas décimas do que o registo referente aos cidadão do Reino Unido).

Nesse ano, voltou a descer o número de africanos (-2,8%), com particular incidência para cidadãos de países de língua portuguesa.

O Reino Unido iniciou o processo de saída da UE em 2017, depois do referendo de 23 de junho do ano anterior, em que 52% dos britânicos foram favoráveis e 48% votaram contra.

Após sucessivas rejeições de acordos de saída no Parlamento britânico, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, solicitou um adiamento da saída da UE do atual prazo de 12 de abril para até 30 de junho.

No final de março, os dirigentes europeus recusaram um pedido similar de May e ponderam agora oferecer a Londres uma extensão flexível de um ano, que terminaria quando a Câmara dos Comuns aprovar o acordo alcançado em novembro de 2018.

Origem
Jornal Economico
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