Sociedade

Guerra fria no Palácio. Meghan acabou com o Natal?

A imprensa britânica desenterrou as polémicas à volta da mulher de Harry, acusada de ter uma má relação com a cunhada Kate Middleton. Os duques de Sussex deixam o palácio em 2019

Os dois casamentos reais – e o anúncio de um novo bebé a caminho, o de Meghan e Harry – parecem pertencer a um capítulo muito distante. As notícias sobre a Casa Real britânica voltaram a ter como epicentro as alegadas discussões que dominarão o Palácio de Kensington. Quando os duques de Sussex anunciaram, no final de novembro, que vão deixar o palácio, os boatos subiram de tom. A culpada? Meghan e a sua incompatibilidade com aquela que virá um dia a ser rainha de Inglaterra, Kate Middleton, a mulher do príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono. O Natal poderá mesmo ser passado com os dois irmãos separados.

Harry e Meghan justificaram a mudança, no início de 2019, para os terrenos do Castelo de Windsor, nos arredores de Londres, onde decorreu o copo de água do seu casamento, com a necessidade de terem mais espaço para criar o primeiro filho, esperado para a Primavera. A notícia foi o rastilho para um fogo que há muito ameaçava arder em volta da recém-chegada ao palácio.

De um momento para o outro, a imprensa britânica recuperou – e destilou – tudo o que sabia sobre a norte-americana. Para começar, recordou que Meghan já tinha sido casada – e que o ex-marido revelara que esta o tratava como se ele fosse “um bocado de pastilha elástica” que a duquesa pisara. Depois, recuperou uma história que tinha caído no esquecimento, ofuscada pelo casamento real.

Kate e Meghan teriam discutido antes da boda por causa do vestido que a princesa Charlotte iria usar na cerimónia. “Meghan fez Kate chorar” chegou a ser título de notícia. E ainda o boato sobre a tiara que a noiva de Harry queria muito usar e que a Casa Real não permitia: desconhecia-se a proveniência das esmeraldas presentes na joia, poderiam ser russas e as relações atuais entre os dois países não eram as melhores.

A norte-americana teria ainda exigido ambientador na St George’s Chapel, no castelo de Windsor, onde decorreu o casamento, porque lhe cheirava a mofo, e teria sido desnecessariamente rude com os empregados do Palácio de Kensington, ou seja, os empregados de Kate, algo que esta não lhe perdoara.

Harry com a Rainha, William com os sogros

O golpe final é a suspeita de que os irmãos não irão passar o Natal juntos. As notícias relatavam que William e a sua família iriam passar o dia 25 de dezembro na casa dos sogros do príncipe, Carole e Michael Middleton, enquanto Harry e a mulher estariam com a Rainha em Sandringham, Norfolk, como é habitual. Entretanto, alguma imprensa desmentiu a decisão, mas não existe, até ao momento, qualquer comunicado oficial do palácio a acompanhar o desmentido.

Segundo a Vanity Fair, Megan Markle está a evitar ler as notícias, uma vez que acredita estar a ser perseguida pela imprensa britânica.

O momento azedo da família real, com a mulher de Harry no centro, levou Sarah Baxter, editora do The Sunday Times, as escrever uma crónica onde compara a antiga atriz a Yoko Ono – a namorada de John Lennon, considerada a culpada pelo fim dos Beatles. Concede que “o furacão” Meghan queria ambientador na capela, usava looks pretos que os conselheiros do palácio consideravam mais adequados para funerais e que as polémicas que envolveram o pai e a meia -irmã de Meghan não ajudaram – os boatos cresceram mais depressa do que a sua barriga de grávida.

Não caiu bem – escreve Sarah Baxter – que a sua assistente pessoal tenha aguentado mais tempo com a estrela pop Robbie Wiliams do que com a duquesa. Melissa Touabti despediu-se ao fim de seis meses.

No entanto, a jornalista defende que não é a norte-americana a culpada da cisão entre William e Harry, que seguem caminhos diferentes há muitos anos. Um quer preservar a monarquia, enquanto herdeiro do trono, e o outro dedica-se, tal como a mãe, a princesa Diana, a causas sociais. Meghan terá chegado ao palácio e encontrado uma família já dividida.

Quanto à relação com a cunhada, Kate, é ditada pelo fosso que as separa: a primeira tem o poder e a posição de uma futura rainha, a outra será sempre apenas e só a duquesa de Sussex.

A residência real do século XVII Frogmore House, nos terrenos do Castelo de Windsor, para onde Harry e Meghan irão viver já no início do próximo ano, fica muito perto do cemitério real onde estão sepultados Eduardo VIII e a mulher, a norte-americana Wallis Warfield, pela qual o rei abdicou do trono. Sarah Braxter remata a sua crónica escrevendo que Meghan Markle deve sentir um calafrio quando passar perto do local. Também ela é norte-americana e será por ela que Harry vai deixar de viver no palácio. Mas isto é o que dizem os boatos.

Origem
DN
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