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Alemanha anuncia retirada parcial de tropas do Iraque

As forças armadas alemãs anunciaram hoje a retirada de parte dos soldados atualmente estacionados no Iraque em missões de formação e a transferência para a Jordânia e para o Koweit, devido as tensões na região.

O contingente alemão baseado em Bagdade e em Taji, a norte da capital iraquiana, com cerca de 30 pessoas, vai ser “provisoriamente reduzido” e os soldados vão ser transferidos para o vizinho Koweit e para a Jordânia, disse um porta-voz do Ministério da Defesa alemão.

Esta decisão surge num contexto de fortes tensões entre os Estados Unidos e o Irão, na sequência do assassínio do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque aéreo norte-americano, no domingo, em Bagdade.

Esta deslocação de tropas vai “começar em breve”, disse o porta-voz, sem adiantar uma data ou o número exato de soldados envolvidos.

Além dos militares baseados em e nas proximidades da capital do Iraque, a Alemanha conta ainda tropas no Curdistão iraquiano, também em missões de treino das forças de segurança locais.

No total, Berlim conta atualmente cerca de 120 militares no país, no âmbito da coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O anúncio da retirada parcial do Iraque foi já comunicada pelo Ministério da Defesa alemão ao parlamento, que autoriza todas as missões das forças armadas alemãs no estrangeiro.

Na segunda-feira à noite, numa entrevista à rádio pública, a chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, reconheceu que a retirada das tropas ocidentais do Iraque era “uma reflexão que todos deviam fazer” dado o atual contexto.

“Nenhum país-membro da coligação anti-EI quer ficar no Iraque se não for aceite”, acrescentou, numa referência à votação no domingo pelo parlamento iraquiano de uma moção que pede a saída da coligação internacional do país.

“O parlamento adotou esta resolução, e cabe agora ao Governo decidir e é por isso que estamos atualmente a dialogar com ele”, sublinhou o ministro alemão.

A votação do parlamento iraquiano surgiu na sequência da morte de Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

Origem
Sapo24
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