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Filho de Bolsonaro não vai conseguir ser nomeado para embaixador nos EUA à primeira no Senado

Eduardo Bolsonaro tem apenas o apoio de 8 dos 17 senadores que integram a comissão de Negócios Estrangeiros, onde o seu nome vai ser votado para embaixador do Brasil. “Se está sendo criticado, é sinal de que é a pessoa adequada”, afirmou Jair Bolsonaro.

Depois das várias críticas recebidas devido à nomeação de Eduardo Bolsonaro para a posição de embaixador brasileiro nos EUA, Jair Bolsonaro está a sondar os senadores que integram a comissão de Negócios Estrangeiros no Congresso.

De acordo com a Folha de São Paulo, Jair Bolsonaro está determinado em oficializar a nomeação, mas em conversas privadas, demonstrou incómodo com a possibilidade de rejeição, o que representaria uma derrota pessoal por se tratar do seu próprio filho.

Os primeiros resultados das sondagens preocupam o presidente brasileiro. Os números sugerem que o seu filho, e presidente da comissão de Negócios Estrangeiros, teria hoje o apoio de apenas 8 dos 17 integrantes da entidade, um apoio muito aquém do expectável.

Por sua vez, Jair Bolsonaro apontou que as críticas feitas ao seu filho indicam que “é sinal de que é a pessoa adequada”. “Por vezes, temos que tomar decisões que não agradam a todos, como a possibilidade de indicar para a embaixada dos Estados Unidos um filho meu, tão criticado pela imprensa. Se está sendo criticado, é sinal de que é a pessoa adequada”, afirmou.

Mesmo que o governo sofra uma derrota na comissão, por exemplo, o cenário adverso pode ser revertido em plenário no Senado.  Aliados do Presidente do Senado Federal do Brasil, Davi Alcolumbre afirmam que, embora não tenha não gostado da indicação, Alcolumbre não pretende trabalhar contra o filho do presidente.

Caso o deputado federal seja eleito, vai precisar de ser ouvido pela comissão de Negócios Estrangeiros do Senado. Se aprovado, o nome vai a voto secreto no plenário do Senado. Alcolumbre evita fazer previsões e diz que “no dia saberemos” se o nome do deputado será aprovado ou não.

“Vai dar ao mesmo. Ele [Bolsonaro] tem o poder de indicar. Nós, de o questionar. Todos passam por uma audição, seja quem for. Pode ser Eduardo, Maria ou José: será questionado da mesma maneira”, afirmou Alcolumbre, citado pela Folha de São Paulo.

O jornal brasileiro conta que a indicação de Eduardo não é consensual nem mesmo no Parlamento. De acordo com a sondagem, os parlamentares argumentam que, ao favorecer o filho, Bolsonaro cria um desgaste desnecessário à imagem do governo e adota uma prática identificada com a chamada “velha política”.

No Senado, as manifestações de desagrado são cada vez mais claras.”Este foi talvez o maior erro do presidente até agora, até porque envolve o próprio filho, sem ter pelo menos tentado entender qual era a opinião do Senado”, afirmou a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ao jornal.

Devido à repercussão negativa, o próximo passo do Governo, de acordo com a fonte que o jornal cita, é “esperar a poeira baixar” antes de oficializar o nome de Eduardo.

Origem
Jornal Economico
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