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União Europeia reconhece Guaidó

No habitual espaço das sextas-feiras dedicado às questões europeias, atravessamos fronteiras para falar da Venezuela. Em Bucareste, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União decidiram a criação de um grupo de contacto para, no prazo de três meses, encontrar uma saída pacifica para a crise venezuelana.

O Parlamento Europeu reconheceu ontem Juan Guaidó como presidente interino, na resolução que foi aprovada por uma larga maioria: 439 votos a favor, 104 contra. O Parlamento pede ainda à chefe da diplomacia Federica Mogherini e aos Estados-membros que adoptem uma posição firme e reiterem o pleno apoio à Assembleia Nacional Venezuelana. De acordo com Francisco Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em Assuntos Europeus, com esta posição da União Europeia, podemos assistir nos próximos dias a alguns Estados-membros unilateralmente reconhecerem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

“Countdown” para o Brexit

A dois meses do prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia, o Parlamento britânico votou na terça feira, não o acordo, mas sim uma emenda para mandatar a Primeira-ministra a renegociar com a União Europeia sem o capítulo do “Backstop”, ou seja, a polémica questão das fronteiras entre as Irlandas.

Theresa May reconheceu que as negociações não seriam fáceis e a resposta veio de imediato. Em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, recusou qualquer renegociação. Também Michel Barnier o negociador da União Europeia, disse perante os deputado que a situação é grave.

Na opinião de Francisco Sarsfield Cabral, “se os últimos meses têm sido marcados pelo impasse no Brexit, em vez de um passo em frente, parece que estão dados dois passos atrás”, porque os deputados britânicos mandataram a Primeira-ministra para voltar a negociar com a União Europeia… mas Bruxelas recusa qualquer alteração ao acordo.

Recessão técnica em Itália

A economia italiana entrou em recessão técnica. Algo que acontece quando uma economia regista, por dois trimestres consecutivos, um recuo do Produto Interno Bruto. E esta trajectória deve-se à diminuição do crescimento da Agricultura, do sector florestal, das Pescas e da Indústria. Para Itália, as metas para o crescimento são praticamente inalcançáveis e isso pode exigir um orçamento rectificativo e um novo embate com a União Europeia.

UE abre guerra às “fake news”

A pouco mais de 4 meses das Eleições Europeias, a Comissão Europeia pede às plataformas sociais, como o Facebook ou o Twitter, para combater as chamadas “fake news” e a desinformação. Bruxelas quer garantir a transparência da propaganda política.

O combate à desinformação está no topo da agenda da Comissão Europeia e também da nova presidência romena do Conselho da União Europeia.

Foi, por isso, criado no final do ano passado um Plano de Ação Conjunto que contém medidas como a criação de um sistema de alerta rápido para sinalizar campanhas de desinformação em tempo real.

O plano prevê também um instrumento de autorregulação para combater a desinformação ‘online’: um código de conduta subscrito por grandes plataformas digitais, como Facebook, Google, Twitter e Mozilla, que se comprometeram a aplicá-lo.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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