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Burlas no Airbnb e compras na internet. PJ detém 24 pessoas em Lisboa

A investigação foi conduzida pela UNC3T - a unidade dos crimes tecnológicos da PJ - e culminou numa operação esta quinta-feira

São dezenas as vítimas de burlas detetadas nesta investigação, com um valor estimado de perdas da ordem do milhão e meio de euros. Pessoas que compravam bens, incluindo automóveis, em plataformas na internet ou arrendavam imóveis através da conhecida rede internacional Airbnb.

O problema é que depois de fazerem a transferência do dinheiro pedido, vinham mais tarde a concluir que nada se tinha concretizado: nem havia carros, nem casas alugadas. A investigação da PJ, conduzida pela UNC3T – a unidade dos crimes tecnológicos da PJ – com o apoio da Unidade Nacional de Combate à Corrupção foi desencadeada por várias queixas de vítimas, em vários países europeus.

Os 24 detidos, 11 homens e 13 mulheres, são todos de nacionalidade portuguesa, tem idades entre os 22 e os 49 anos, e alguns funcionavam em rede. Além dos crimes de burla, estão também imputados a este suspeitos crimes de branqueamento de capitais.

Segundo a Polícia Judiciária o grupo tinha sede em Portugal mas as suas ações e burlas desenvolveram-se em vários países: Alemanha, Áustria, Espanha, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, República Checa e Turquia.

De acordo com o último balanço sobre a criminalidade participada em 2018, entre janeiro e novembro, as burlas são o fenómeno que maior aumento registou, confirmando a tendência que já tinha sido verificada no relatório do primeiro semestre do ano. As forças e serviços de segurança realçam a subida de 18% em “burlas com fraude bancária” e de 16% em “burlas informáticas e de comunicações”. No global, a burlas aumentaram cerca de 4%.

Num balanço feito feita PJ a meio do ano passado, esta polícia previa que as burlas comuns através da internet, deviam subir cerca de 300%. Em 2017 foram registados 335 inquéritos desta natureza – principalmente ligados à compra e venda de produtos online – e a projeção da PJ era que crescessem para 1340 em 2018. Nos primeiros seis meses do ano tinham sido abertos 670 inquéritos destas fraudes.

Origem
DN
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