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Marta Temido admite que férias de Natal dos profissionais de saúde estão em risco

“Muito provavelmente terá de haver, em função da situação epidemiológica que vivemos, alteração de planos de férias de 2020, como já houve no início do ano”, disse Marta Temido, durante a conferência de imprensa de balanço da epidemia de covid-19.

Os profissionais de saúde deverão ter de alterar os seus planos de férias previstos para o Natal e Ano Novo devido à evolução da pandemia de covid-19, admitiu hoje a ministra da Saúde.

“Muito provavelmente terá de haver, em função da situação epidemiológica que vivemos, alteração de planos de férias de 2020, como já houve no início do ano”, disse Marta Temido, durante a conferência de imprensa de balanço da epidemia de covid-19.

A ministra admitiu que esta é “uma decisão difícil” porque “é um esforço adicional que se pede aos profissionais de saúde” assim como se poderá ter de pedir a profissionais de outras áreas.

Marta Temido lembrou que “este é um momento particularmente exigente” e, por isso, voltou a sublinhar ser “tão urgente parar a transmissão da infeção”, até porque “o sistema tem limites de resistência”.

A governante explicou que “não é possível substituir os profissionais de saúde que estão na linha da frente”: “Não há possibilidade de formar nem médicos nem enfermeiros rapidamente, dar-lhes todo o treino e competências que têm e permitir que as pessoas descansem”.

Para a responsável, este é “mais um sinal” que deve levar as pessoas a reforçar as novas regras de controlo de infeção e a “fazer os maiores esforços” .

De qualquer forma, acrescentou, a decisão da alteração dos planos de férias “está ainda a ser tomada em contexto da vida das instituições e das possibilidades de gerir a primeira necessidade de resposta a população e a necessidade de poder permitir o gozo de férias para as pessoas poderem recompor-se e estarem mais aptas na linha da frente”.

Durante a conferência de imprensa, a ministra anunciou ainda que “está a baixar muito ligeiramente” o risco de infeção, mas este “ainda oferece preocupação”, assim como o “elevado número de novos casos diários”.

Na última semana, entre os dias 09 e 13 de novembro, o RT (que define quantas pessoas cada doente infeta) situava-se no 1,11: “Idealmente deveríamos situá-lo no 1 ou abaixo de 1”, recordou.

Outro dos problemas identificados é o elevado número de novos casos diários, que está acima dos cinco mil, e representa “efeitos nefastos na utilização dos serviços de saúde” e também na saúde das pessoas.

Portugal registou 5.891 novos casos de infeção com o novo coronavírus e 79 mortes associadas à doença covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 3.632 mortes e 236.015 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 78.641 casos, mais 1.555 do que na terça-feira.

Segundo o boletim, 54 por cento dos novos casos situam-se na região Norte, que contabilizou nas últimas 24 horas mais 3.191 infeções, seguido de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.637  novos casos.

Origem
Jornal Economico
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