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23 arguidos em preventiva. Advogados chocados com a decisão

Diario Noticias

ATUALIZADA. Todos os arguidos no caso das agressões no balneário do Sporting ficam em prisão preventiva

Os 23 arguidos, acusados de terem levado a cabo as agressões no balneário do Sporting, em Alcochete, ficaram em prisão preventiva. O Ministério Público (MP) tem agora seis meses para deduzir acusação contra os suspeitos.

Num comunicado divulgado às 20:15, é referido “que se verificam todos os pressupostos, objetivos e subjetivos, dos tipos de crimes que lhes são imputados e que se verificam ainda os perigos referidos nas alíneas a) a c) do artigo 204 do processo penal”, pelo que, além do Termo de Identidade e Residência, é aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

O MP já tinha pedido a aplicação da medida de prisão preventiva – a mais gravosa das medidas de coação – por considerar que havia “perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito”, “perigo da continuação de atividade criminosa” e “perturbação da ordem pública”.

Os 23 estavam detidos desde a terça-feira passada, dia 15 de maio, antes do primeiro treino da equipa do Sporting de preparação para a final da Taça de Portugal. Estão indiciados pelos crimes de sequestro, ofensa à integridade física qualificada, introdução em lugar vedado ao público, terrorismo, dano com violência, resistência e coação sobre funcionário.

A advogada de defesa de alguns dos arguidos, Maria João Matta, mostrou-se “indignada e chocada” pela decisão. “Acreditava que existisse justiça. Acho que é inacreditável, com o que consta no processo e com os indícios que ali estão, colocar todos os arguidos no mesmo saco. É indescritível o que foi feito, e mais chocante ainda estar dentro de uma sala de audiências e ouvir um despacho quando os órgãos de comunicação social já sabem quais as medidas de coação. É impossível 23 jovens daquela idade terem praticado todos os mesmos crimes”, confessou aos jornalistas, revelando que o nome de Bruno de Carvalho “nunca” foi mencionado durante as alegações.

A jurista acredita que não existem pressupostos para crime de terrorismo, mas diz que é isso que “a sociedade quer”. “Acredito na justiça, mas tive uma enorme desilusão”, vincou.

Origem
DN
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