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Queda de governo de Rajoy não perturba bolsas. Juros de Espanha descem

Observador

Os juros da dívida de Espanha baixaram e bolsa de Madrid subiu apesar da mudança de governo em Espanha, com a queda de Rajoy e a subida de Sánchez a presidente do governo. “Rating” não está em risco.

rating da dívida pública de Espanha não está em risco, na sequência da mudança de governo em Espanha, pelo menos aos olhos da agência DBRS. O comentário da agência da notação financeira é um dos fatores que ajudam a explicar que, num dia em que o governo é substituído, dá-se uma subida da bolsa de Madrid (1,8%) e um alívio dos juros da dívida. Os analistas acreditam que o impacto para a economia não será significativo, pelo menos no curto prazo.

“Estes desenvolvimentos introduzem, claro, alguma incerteza na economia. Mas acreditamos que o impacto, no geral, será baixo”, afirma o banco de investimento ING em nota de análise distribuída pelos investidores. Em parte, esta expectativa deve-se ao facto de o novo governo garantir que vai continuar com a execução do orçamento de Rajoy. “À medida que Sánchez avança com a política orçamental definida pelo governo anterior, os mercados financeiros não devem preocupar-se com uma eventual vertigem despesista pelo novo governo para já, o que contrasta com o que se passa em Itália”, acrescenta o banco de investimento holandês.

Esta opinião é partilhada, em traços gerais, pela DBRS, que emitiu um comunicado após o fecho das bolsas. “A DBRS considera que os riscos orçamentais de curto prazo são contidos, tendo em conta o compromisso de Sánchez para respeitar o orçamento de 2018, que foi aprovado”, diz a agência, lembrando que no passado recente a economia espanhola não se ressentiu de momentos de incerteza política.

A DBRS é da opinião de que, daqui para a frente, as novas eleições podem levar a um governo mais estável, capaz de aplicar as medidas estruturais que são necessárias para assegurar que a dívida pública é colocada numa trajetória de descida firme. A posição atual de partidos como o Ciudadanos, o PP e o PSOE nas sondagens dá suporte a esta conclusão”, diz a DBRS.

A agência de rating reconhece que “a moção de censura que levou à nomeação de Sánchez como primeiro-ministro abre um novo capítulo de incerteza política em Espanha, mas não tem impacto, nesta fase, sobre o rating A de Espanha [que tem perspetiva estável]”.

Origem
Observador
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