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Bruno de Carvalho não se recandidata se for destituído

Jornal Noticias

O presidente do Sporting garantiu, esta quinta-feira, que não se recandidata à presidência do clube se for destituído na Assembleia Geral de dia 23, sábado.

“Se receber um não e tudo naquela Assembleia Geral for fidedigno, não só não meto mais lá os pés, como escusam de me expulsar de sócio, porque não me recandidato. A única coisa que vou pedir é alguém que me vá lá buscar as coisas ao escritório, porque tenho lá, em Alvalade, as minhas coisas”, disse Bruno de Carvalho à Sporting TV.

“O Conselho Diretivo é o único órgão executivo do clube, a Mesa (da Assembleia Geral) não. Uma coisa é ficar sem Mesa e o clube não para, outra é ficar sem aqueles que tomam decisões, que são executivos. Sair prejudicava o Sporting e trairia a vontade dos sportinguistas. A visão de Jaime Marta Soares é que nós temos de sair porque tivemos culpa no que aconteceu na Academia”, continuou.

O presidente dos leões afirmou, ainda, ter colocado a hipótese de abandonar o cargo em fevereiro: “Esta vai ser uma das Assembleias Gerais mais importantes da vida do Sporting. Ponderámos sair em fevereiro. Fomos eleitos nas eleições mais concorridas de sempre do clube. Sou o presidente eleito com mais votos e votantes de sempre. Na última Assembleia Geral, foi 90%.”

“Há, de facto, sportinguistas contra sportinguistas. Os sportinguistas é que sabem se querem eleições de seis em seis meses. Se o período das eleições é de quatro em quatro anos, é para dar estabilidade às direções”, atirou Bruno de Carvalho, deixando críticas a Frederico Varandas, acusando-o de o ter abandonado durante o jogo entre o Sporting e o Paços de Ferreira, quando o líder do Sporting estava com dores nas costas.

“A dor era tão grande que por vezes corriam-me lágrimas que eu só esperava que não fossem filmadas para não pensarem que estava triste pelos assobios ou pelo Sporting. O doutor Varandas abandonou-me no banco de suplentes, eu não me conseguia levantar com dores inenarráveis nas costas. Abandonou-me para ir fazer a volta olímpica e deixou-me ali sozinho”.

Bruno de Carvalho considerou ainda que os incidentes de Alcochete foram um crime contra o próprio

“Todos os jogadores utilizam nas cartas de rescisão as mensagens que eu enviei ao Rui Patrício. Toda a gente sabe que eu não gosto de perder ou empatar. Tínhamos uma final da Taça para ganhar e o meu maior desejo era que o nosso maior goleador levasse seis pontos na cabeça? O que aconteceu na Academia não foi um ataque ao Sporting? Eu não sou presidente do Sporting? Então não terá sido também um ataque contra mim? Não vi ninguém dizer isso. O crime foi contra mim enquanto presidente do Sporting e da Sporting SAD. As pessoas que foram afetadas foram os jogadores, mas o crime foi contra o Sporting”, concluiu.

Bruno de Carvalho questionou ainda a posição em que iria entrar na Assembleia Geral, uma vez que não reconhece nem a MAG nem as Comissões, nem a AG: “Não tem legitimidade. Eu tinha tudo para a impugnar cinco segundos depois dela acabar. Onde é que eu ia estar na AG, fisicamente, nessa aberração de Assembleia? Eu ia estar onde? Por debaixo do Torres Pereira? O Presidente do Sporting ia a uma Assembleia sentar-se numa cadeira com Torres Pereira como presidente do clube… isto faz algum sentido a alguém?”

“O que vai acontecer de facto no dia 23? Os sportinguistas vão decidir e tudo o que decidiram não tem interesse nenhum. Já foi dito várias vezes que os processos vão continuar. Imagine que 51% votam a nossa continuidade… dia 25 eles votam a nossa expulsão. Então para que é que os sócios votaram dia 23? Já estou destituído por natureza. Metam isso na cabeça. Se não saio a 23, saio a 25. Por isso lanço este desafio para ver quem diz a verdade”, rematou.

Origem
JN
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