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Multibanco. Euronet já pediu para aderir ao sistema da SIBS

Cabe agora à SIBS e ao Banco de Portugal avaliar se a Euronet cumpre todos os requisitos necessários, nomeadamente de segurança

A SIBS já recebeu o pedido da Euronet para aderir ao sistema da empresa que gere o multibanco. “A Euronet deu início ao seu processo que está a decorrer de forma regular”, apurou o i. Cabe agora à SIBS e ao Banco de Portugal avaliar se a entidade cumpre todos os requisitos necessários, nomeadamente a nível de segurança, resiliência e níveis de serviço.

O i sabe que a “adesão ao scheme permite que os cartões com a marca MB realizem levantamentos de dinheiro e o pagamento de compras nos terminais aceitantes nas mesmas condições em toda a zona euro”. Isto significa que, se a Euronet for integrada na rede multibanco, as comissões que atualmente são cobradas por esta última têm os dias contados.

Tal como o SOL avançou a rede Euronet cobra comissões aplicadas a determinados cartões de débito de dupla funcionalidade para transações de levantamento de dinheiro nos ATM. As despesas extra verificam-se no caso dos cartões que disponibilizam as duas funções – débito e crédito – ao mesmo tempo. Isto porque, no caso da rede Multibanco, esse cartão assume apenas a função de débito e, como tal, fica isento de qualquer tipo de comissão porque respeita as regras que são aplicadas na rede tradicional. Mas no caso de recorrer a um ATM de rede estrangeira – como é o caso da rede Euronet – esse cartão assume apenas a função de crédito e, a partir daí, o cliente fica sujeito ao pagamento de comissões, sem receber qualquer tipo de aviso.

Nessa altura, a rede de ATM estrangeira revelou que esses valores eram cobrados por os seus ATM não estarem conectados à rede Multibanco,”o que leva os titulares de cartões portuguesas a pagar as taxas aos seus bancos”.

Reclamações “Para quem usa o mesmo cartão para as duas funções, o ideal é nunca fazer levantamentos em ATM de rede estrangeira, pois está sujeito ao pagamento de comissões por fazer um ‘cash advance’, isto é, está a levantar dinheiro do plafond de crédito e que é cobrado em qualquer rede porque é uma operação sujeita a taxas de juro e comissões e que incluem, por regra, um valor fixo por operação e uma percentagem sobre o montante levantado. Isso não acontece se for a um estabelecimento porque, neste caso, o comerciante pergunta se quer pagar com a função de crédito ou de débito», revelou fonte ligada a este processo.

A verdade é que nem todos os consumidores estão atentos a estes custos acrescidos. O Portal da Queixa chegou a admitir ao ao SOL que o número de reclamações dirigidas à Euronet tem vindo a aumentar e nos últimos meses já foram recebidas 14. Todas estas queixas têm um denominador comum: custos acrescidos por uso desta rede, sem qualquer recibo ou pré-aviso. O que é certo é que, tal como o SOL avançou, o Portal da Queixa já recebeu 14 queixas dirigidas a esta rede e o número tem vindo a aumentar. Todas estas queixas têm um denominador comum: custos acrescidos por uso desta rede, sem qualquer recibo ou pré-aviso.

Em maio passado, um cliente revelou ao Portal da Queixa que levantou 200 euros nas caixas Euronet e, mais tarde, quando foi consultar o saldo verificou que tinha sido cobrada uma comissão de 15 euros. O mesmo aconteceu com um outro cliente que depois de ter feito um levantamento de 50 euros foi sujeito a uma comissão de 6,24 euros e a um outro que pagou uma comissão de 3,95 euros por levantar 20 euros. E os episódios repetem-se nas outras reclamações que chegaram ao Portal da Queixa a que o SOL teve acesso e que foram também enviadas para o Banco de Portugal (BdP).

Origem
Jornal i
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