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Regresso ao escritório: regras que ajudam a reorganizar o dia a dia

Ainda em tempos de pandemia mas já com um pé fora de casa, são algumas as pessoas que começam a ter de ir para os escritórios. Todavia, nem tudo será como antes. Estas são propostas para ajudar a viver o "novo normal" no regresso ao trabalho.

Começou o desconfinamento. Com ele, vem o regresso à (quase) normalidade. Para ajudar nesse processo, a Boyden Portugal publicou um guia para o regresso aos escritórios, que já se começa a sentir.

“Este início de regresso à atividade profissional no escritório para muitas empresas, implica uma preparação ponderada e cuidada para que a segurança de todos os colaboradores, clientes e parceiros, seja uma garantia. O objetivo deste guia foi a compilação de uma série de boas práticas, a maioria delas não transcritas na lei, mas que, sem dúvida, aumentam a segurança de todos”, esclarece Luís Melo, Partner da Boyden Portugal.

Vejamos, então, as sugestões a ter em conta para voltar aos escritórios.

Regras para o regresso à normalidade

O que saber antes de ir

  • O regresso aos escritórios deve ser lento e gradual, continuando a privilegiar o teletrabalho para o maior número de pessoas (sempre que possível);
  • As medidas que cada empresa aplica devem ser comunicadas em canais onde haja a garantir de chegar a todos os interlocutores;
  • A mensagem com as medidas a considerar deve ser clara;
  • Devem ser implementados horários desfasados para minimizar o número de pessoas no mesmo espaço físico;
  • Pode ser solicitada a medição da temperatura corporal aos colaboradores, sendo para isso colocado um termómetro à disposição (por ser considerado um processo de auto-monitorização);
  • O controlo da temperatura por enfermeiros ou outros profissionais de saúde só é registada quando as pessoas em causa reportarem sintomas estranhos.

O que vai encontrar de novo

  • Devem ser disponibilizadas mesas de trabalho com barreiras de separação em acrílico ou com um distanciamento significativo entre as pessoas para diminuir o risco de contágio;
  • Deve ser destacada uma equipa de limpeza permanente que controle e garanta a limpeza dos pontos de contacto com as mãos, como as mesas e os teclados;
  • Nas cantinas, as pessoas devem manter a distância, sentando-se apenas nas cadeiras devidamente assinaladas para o efeito;
  • Os pagamentos devem ser feitos, de preferência, através do formato cashless (por aproximação do cartão multibanco). Caso não seja possível, deve existir desinfetante próximo do multibanco, de forma a garantir a higienização por cada ato de pagamento;
  • As casas de banho devem ter trincos desbloqueados e portas entreabertas (garantindo a privacidade) que não se fecham na totalidade, para permitir a abertura com os pés e evitar tocar com as mãos nas maçanetas;
  • Devem ser disponibilizados lenços de papel para abertura por dentro das portas depois da lavagem das mãos;
  • O ar condicionado deve estar sempre ligado para que não haja recirculação do ar velho e se consiga garantir a respiração apenas de ar novo;
  • É recomendado que sejam assinalados percursos para circulação nos pisos. Estes circuitos devem ser únicos para que se consiga garantir o distanciamento social.

Cuidados a ter

  • As empresas devem disponibilizar máscaras, tanto para uso interno como para mobilidade exterior;
  • Os colaboradores que se deslocam de transportes públicos devem mudar de máscara quando chegam aos escritórios;
  • A lavagem de mãos deve prevalecer sempre em relação ao uso de luvas;
  • No caso de haver filas na entrada do edifício, para além do respeito pela distância social, o segurança destacado para o efeito de controlo deve garantir que as pessoas precisam de se deslocar no interior para trabalhar;
  • As empresas devem estimular o uso de viatura própria dos seus colaboradores, de forma a evitar os transportes públicos. Devem garantir, sempre que possível, o estacionamento nas instalações;
  • As reuniões exteriores devem ser evitadas. Caso não se consigam contornar, os colaboradores devem seguir as medidas de segurança em vigor;
  • A utilização do elevador deve ser proibida e o controlo dos acessos deve ser feito através de cartões eletrónicos.

Novo coronavírus SARS-CoV-2

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).

Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.

Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.

A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.

Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.

Onde posso consultar informação oficial?

A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.

Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal – que incluem febre, dores no corpo e cansaço – deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.

Origem
Sapo24
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