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Mais uma marca de Sérgio Conceição: FC Porto iguala maior série de vitórias seguidas de sempre

Vitória do FC Porto com Nacional carimbou 18.º triunfo seguido e igualou registo do Benfica de Jesus em 2010/11 antes da visita a Alvalade. Sérgio Conceição soma quinta marca histórica em ano e meio.

Resgatado pelo FC Porto aos franceses do Nantes no verão de 2017, Sérgio Conceição tem algumas particularidades bem notórias desde que assumiu os azuis e brancos. Percebe-se, por exemplo, que vendo ou o que é falado sobre a equipa ou sobre si, está a par de tudo. E que, quando não gosta de alguma coisa ou tem um recado para enviar, não facilita – ainda recentemente, no jogo com o Belenenses no Jamor para a Taça da Liga, teve de dizer alto e bom som que estava com a braçadeira de técnico na mão para não ser de novo castigado. Depois, apercebe-se de forma célere quando uma ideia se transforma em soundbyte e tem tendência para ir repetindo até lhe deixarem de perguntar. E é aqui que entra mais um feito histórico alcançado no Dragão.

Quando tentava alcançar e posteriormente superar o registo de 15 triunfos consecutivos de Artur Jorge em 1985/86, que era o recorde do clube, o técnico foi sempre deixando uma espécie de alerta que ia repetindo: “Nunca vi nos Aliados alguém a festejar um recorde de vitórias”; agora, perante a possibilidade de igualar o máximo de sempre em termos nacionais que pertencia ao Benfica de Jorge Jesus em 2010/11, mudaram as palavras mas manteve-se a ideia – “Significado? Nada. Coincide com a 18.ª vitória”. E até aproveitou para brincar com o facto dessa marca pertencer ao seu antigo treinador: “Nas várias entrevistas que deu, porque agora anda sempre a falar, esqueceu-se desse pormenor. É porque não se lembrou porque é algo importante e dele. Normalmente ele gosta de realçar aquilo que faz de bem… Digo isto com carinho, porque tenho grande carinho por ele”.

Em resumo, quaisquer que sejam as palavras ou frases utilizadas, Sérgio Conceição tentou sempre deixar claro que aquilo que deve mover a equipa é a vitória no jogo seguinte e não propriamente os recordes que consegue ou não bater – mesmo que uma coisa deve levar de forma inevitável à outra. E é também por aí que se explica que tenha alcançado a sexta marca história estando apenas no FC Porto há ano e meio como treinador, depois das duas passagens como jogador: com 18 encontros consecutivos a vencer, agora tendo o Nacional como vítima, foi igualado mais um registo, que poderá ser ultrapassado num dos principais testes de fogo com a deslocação dos azuis e brancos a Alvalade,para defrontarem o Sporting.

Antes, o treinador que rendeu Nuno Espírito Santo no comando da equipa soma mais um registo histórico, que se junta a outros quatro que já tinha alcançado ao longo de 2017 (um) e 2018 (quatro), a saber:

– Cinco jogos a começar o Campeonato de 2017/18 sem sofrer golos (e com 12 marcados), igualando a marca registada por José Maria Pedroto em 1983/84. No total, Iker Casillas esteve 530 minutos sem consentir qualquer golo, sofrendo apenas no triunfo por 2-1 em Vila do Conde frente ao Rio Ave por Nuno Santos aos 80′;

– 88 pontos no final de um Campeonato, superando a melhor marca do clube que pertencia a José Mourinho em 2002/03, na primeira temporada completa que fez nos azuis e brancos (86), e igualando o registo máximo que pertencia ao Benfica de Rui Vitória em 2015/16, alcançado com uma ponta final onde os encarnados somaram dez vitórias seguidas;

– Cinco vitórias consecutivas na Liga dos Campeões, um feito que a equipa nunca tinha conseguido nem nas melhores épocas na fase de grupos, nem na temporada em que chegou ao título já no atual formato (2003/04), e que continua em aberto para os oitavos de final da competição, onde os dragões irão defrontar os italianos da Roma;

– 16 pontos na fase de grupos da Liga dos Campeões, num total de cinco vitórias (duas com o Lokomotiv de Moscovo, duas com o Galatasaray e uma com o Schalke 04) e um empate (Schalke 04) que igualam o melhor registo de sempre dos azuis e brancos nesta fase, que datava de 1996/97 quando António Oliveira era o treinador dos dragões.

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