Negócios

Autoeuropa apresenta quinta contraposta às reivindicações dos trabalhadores

CT pede aumentos salariais de 4% – com um patamar mínimo de 36 euro – e o pagamento dos domingos como trabalho extraordinário, resultado da implementação do novo horário contínuo.

A administração da Autoeuropa deverá apresentar esta quinta-feira uma contraproposta às revindicações dos trabalhadores que pedem aumentos salariais de 4% –  com um patamar mínimo de 36 euro – e o pagamento dos domingos como trabalho extraordinário, resultado da implementação do novo horário contínuo. A garantia foi dada pela Comissão de Trabalhadores (CT) depois de se ter reunido com a administração.

Até chegarem a um novo acordo, os trabalhadores vão ter assegurado o pagamento do trabalho ao sábado a 100%, acrescido de mais 25% do prémio trimestral de produtividade. Valor insuficiente para a Comissão de Trabalhadores, que exige que a Autoeuropa pague a 100% o trabalho realizado aos domingos.

Além destas reivindicações, a CT defende ainda a integração no quadro de pessoal, até setembro de 2019, de mais 400 trabalhadores com contrato a termo, a garantia da empresa de que não fará nenhum despedimento coletivo durante a vigência do acordo, bem como a entrega extraordinária da quantia de 100 mil euros para o Fundo de Pensões, a dividir de forma igual por todos os trabalhadores aderentes.

Produção em máximos

Estas negociações ocorrem, numa altura, em que a fábrica de Palmela já produziu este ano um “volume histórico” em 26 anos de atividade de quase 139 mil unidades devido ao sucesso do lançamento do novo SUV e à boa aceitação que o mercado continua a ter em relação aos outros veículos, incluindo o Volkswagen Sharan e o SEAT Alhambra.

Segundo os dados da própria empresa, em 2017 o peso das vendas da Autoeuropa nas exportações de bens de Portugal foi de 3,4%, valor que aumenta para 12,3% se considerado apenas as exportações da Área Metropolitana de Lisboa, onde está integrado o distrito de Setúbal.

De acordo com a previsão da Autoeuropa, que prevê uma duplicação das vendas em 2018 face a 2017, isso significaria que as exportações de bens portugueses cresceriam só por si, com tudo o resto constante, 3,4%, e que o peso nas exportações aumentaria para 6,6%.

Origem
Jornal i
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