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China torna-se primeiro país a aterrar no lado ‘oculto’ da Lua

A China tornou-se hoje o primeiro país a aterrar uma sonda no lado mais afastado da Lua, a Chang'e-4, informou a televisão estatal, ilustrando os ambiciosos planos espaciais do país.

A China tornou-se hoje o primeiro país a aterrar uma sonda no lado mais afastado da Lua, a Chang’e-4, informou a televisão estatal, ilustrando os ambiciosos planos espaciais do país. A sonda Chang’e 4, que é o nome da deusa chinesa da Lua, pousou no satélite natural da Terra às 10:26 em Pequim (3:26 em Lisboa).PUBLICIDADE

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O Chang’e 4 foi lançado no sábado do Centro Espacial de Xichang, sul da China. E a primeira imagem enviada após a aterragem foi partilhada pela própria estação televisiva no Twitter.

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CGTN@CGTNOfficial · 4h

#BREAKING China’s Chang’e-4 probe lands successfully on far side of the moon at 10:26 a.m. BJT Thursday, marking the first ever soft-landing in this uncharted area

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CGTN@CGTNOfficial

#China‘s Chang’e-4 probe sends back world’s first close shot of moon’s far side after historic soft landing on uncharted area https://goo.gl/cbp7To  pic.twitter.com/ReORkkPcq32.02804:55 – 3 de jan de 2019Informações e privacidade no Twitter Ads

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1.259 pessoas estão falando sobre issoInformações e privacidade no Twitter Ads

Em 2013, a China conseguiu fazer aterrar uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, numa proeza só realizada até então pela antiga União Soviética e pelos Estados Unidos. Mas a nova missão da agência espacial chinesa é a primeira a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o lado oculto da Lua, o hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.

Em maio, a China tinha já lançado um satélite de retransmissão para assegurar a comunicação entre os controladores e a sonda lunar Chang’e-4.

O objetivo é testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência, normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre. A missão ilustra ainda a crescente ambição de Pequim no espaço, símbolo do progresso do país. Este ano, Pequim planeia ainda iniciar a construção de uma estação espacial com presença permanente de tripulantes e, no próximo ano, enviar um veículo de exploração a Marte.

Em 2020, a China planeia ainda enviar a sonda Chang’e 5, com o objetivo final de regressar à Terra com amostras de matéria recolhida na Lua. A verificar-se será a primeira missão deste género desde 1976.

Até agora, o país realizou também cinco missões tripuladas, a primeira em 2003 e a mais recente em 2013, enviando para o espaço dez astronautas (oito homens e duas mulheres). A primeira tentativa da China de entrar na corrida espacial foi no final dos anos 1950, como resposta ao lançamento do Sputnik 1 – o primeiro satélite em órbita – pela União Soviética.

Mao Zedong ordenou então a construção e envio do primeiro satélite chinês, antes de 1 de outubro de 1959, por altura do 10.º aniversário da fundação da República Popular. A iniciativa acabou por falhar devido à inexperiência do país em tecnologia aeroespacial.

No entanto, em abril de 1970, em plena Revolução Cultural, uma radical campanha política de massas lançada por Mao, a China concluiu com êxito o lançamento do seu primeiro satélite para o espaço, o Dong Fang Hong (“O Leste é Vermelho”).


Origem
Observador
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