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Gruta na Tailândia: a luta é contra o tempo e contra a água

Diario Noticias

As equipas de resgate na Tailândia estão a viver uma luta contra o tempo para salvar os 12 rapazes e o treinador de uma equipa de futebol que se encontram presos numa gruta, há 13 dias. São esperadas chuvas fortes o que irá provocar uma subida das águas, ameaçando a zona onde o grupo se refugiou que pode ser inundada.

Os trabalhos na região de Chiang Rai prosseguem, ainda sem se saber como irão os jovens ser retirados do local. “Já era uma corrida contra o tempo antes de encontrá-los”, disse o governador de Chiang Rai, Narongsak Osotthanakorn , numa conferência de imprensa esta quinta-feira. “Agora estamos a correr contra a água. Não podemos correr o risco da termos uma outra inundação na gruta”, acrescentou.

Narongsak disse, citado pelas agências internacionais, que estão a ser instaladas linhas telefónicas na gruta, o que ainda não se concretizou, para que os adolescentes possam falar com as suas famílias. Um novo telefone está a ser colocado depois de ter falhado uma tentativa anterior com outro dispositivo que caiu na água e deixou de funcionar.

Onze horas de percurso para os socorristas

A possibilidade do grupo conseguir ser evacuado das cavernas de Tham Luang sem recurso a mergulho ainda é equacionada mas para tal é necessário que a chuva não caia por um período prolongado de tempo. Cerca de 128 milhões de litros de água foram já bombeados, com os níveis de água a descer a uma taxa média de 1.5 centímetros por hora. Se não houver mais água, o resgate pode ser possível sem necessidade de mergulho por parte dos rapazes. O percurso entre a entrada da gruta e o local onde estão os 13 elementos da equipa de futebol demora 11 horas a percorrer, entre ida e volta. Mas os jovens apenas teriam de fazer uma viagem de cerca de seis horas. A maioria dos adolescentes não sabe nadar o que complica hipótese de colocar o grupo a mergulhar e assim sair da gruta.

As condições de trabalho para as equipas de resgate são muito difíceis. O calor é intenso, com mais 30 graus, e grande parte do local está coberto por lama, muito escorregadia e com centímetros de espessura. O trabalho continua em ritmo elevado, dado que todos percebem que se as chuvas das monções começarem o resgate será mais complicado.

As autoridades tailandesas têm centenas de funcionários no local, com engenheiros a organizarem a colocação de cascalho para proteção da lama, trabalhadores da casa real tailandesa a fornecerem comida quente, e voluntários distribuindo garrafas de água. Os rapazes, com idades entre 11 e 16 anos, e seu treinador de 25 anos desapareceram no dia 23 de junho. Terão entrado na gruta quando estava tempo seco e foram surpreendidos por chuvas repentinas que bloquearam a saída.

Origem
DN
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