Autoridades russas negam qualquer envolvimento no abate do MH17
Uma investigação internacional revelou ter provas concretas e legais de que o míssil que abateu o avião MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia, em julho de 2014, foi disparado por um sistema antiaéreo do exército russo. O avião fazia a escala de Amesterdão para Kuala Lumpur quando foi abatido sobre a zona em conflito no leste do país. Morreram as 298 pessoas a bordo, a maioria de nacionalidade holandesa.
O The Guardian recorda que, em 2016, os mesmos investigadores holandeses tinham anunciado que existiam provas de que o sistema BUK envolvido no incidente tinha cruzado a fronteira do leste da Ucrânia com a Rússia e regressado após o abate do avião.
Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, em Haia, a polícia e os investigadores mostraram as provas: fotografias e vídeos que identificam o sistema específico BUK como o responsável pelo lançamento do míssil.
As autoridades russas negam qualquer envolvimento no abate do MH17 e os meios de comunicação russos ligados ao governo têm divulgado várias teorias consideradas impossíveis, como a de que terá sido a Ucrânia a abater o avião.
A Rússia usou ainda o seu veto na ONU para impedir que um tribunal internacional determine a culpa pela tragédia, o que significa que qualquer julgamento posterior será realizado na Holanda e responderá apenas à lei deste país.