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Combustíveis. Está aberto o caminho para os preços mais altos da última década

Jornal i

As reservas de petróleo das maiores produtoras caíram

A Agência Internacional de Energia acredita que o medo de potenciais problemas de fornecimento de petróleo, que está a encarecer o barril, vai permanecer, apesar das promessas, principalmente de Arábia Saudita e da Rússia. Alguns especialistas alertam mesmo para a possibilidade de poder ficar acima dos 150 dólares.As reservas das maiores produtoras caíram e os especialistas deixam o alerta: está aberto o caminho para que os preços do petróleo ultrapassem os níveis recorde alcançados na última década.

“Qualquer escassez de oferta provocará uma forte alta nos preços, provavelmente bem maior que a subida que levou o barril a 150 dólares em 2008”, avisam.

De acordo com a Sanford C. Bernstein, “se a procura por petróleo continuar a crescer até 2030 e depois disso, a estratégia de devolver dinheiro aos acionistas e pouco investir em reservas acabará por ser a semente do próximo super-ciclo”. Mas há mais. Os especialistas defendem ainda que “as empresas que tiverem barris por produzir ou oferecerem os serviços para extraí-los serão as escolhas certas, pois não ficarão para trás.”

Recorde-se que o preço recorde do barril de petróleo Brent foi atingido em 2008, com o valor de 147 dólares. Este ano, já chegou a negociar acima dos 80 dólares o barril, o que não acontecia há três anos.

Petróleo trepa e penaliza consumo

As cotações escalaram em maio nos mercados internacionais. As subidas nos preços dos combustíveis que estão a ser registadas nos últimos tempos mostram que o ouro negro está novamente a ficar mais caro, graças também ao esforço da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que tem lutado para reduzir a quantidade de petróleo no mercado e assim fazer subir os preços.

Em abril, tanto a OPEP como a Rússia admitiram haver vontade de cooperar durante um período de dez a 20 anos. O objetivo era conseguir, ao longo deste tempo, diminuir ainda mais a quantidade da matéria-prima e pressionar a subida dos preços. A garantia foi dada pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que sublinhou a importância de existir este “acordo global” no sentido de reduzir a oferta da matéria-prima no mercado internacional. No entanto, já em junho, a OPEP e alguns países aliados, como a Rússia, vieram dizer que tinham decidido validar um aumento, temporário, da produção de petróleo para alivar os preços.

“Estamos de acordo com o princípio”, declarou Diamantino Azevedo, ministro do Petróleo angolano, no final de uma reunião em Viena, que juntou os 14 países da OPEP e mais dez parceiros. Recorde-se que falamos de um grupo de países que assegura mais de 50% das exportações mundiais. E, de acordo com Arábia Saudita, o acordo a que se chegou poderá implicar um aumento de cerca de “um milhão de barris por dia”.

Origem
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