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Brexit. Irlanda descarta possibilidade de se renegociar salvaguarda

O vice-primeiro-ministro irlandês, Simon Conveney, garantiu que a salvaguarda "não vai mudar"

A pouco mais de dois dias de a sua alternativa ser votada na Câmara dos Comuns, o plano da primeira-ministra britânica, Theresa May, sofreu ontem mais um revés. O vice-primeiro-ministro da Irlanda, Simon Conveney, garantiu que a salvaguarda entre as duas Irlandas “não vai mudar”. “A salvaguarda faz parte de um pacote balanceado que não vai mudar”, disse Conveney à BBC, acrescentando que “a salvaguarda é já um compromisso. É uma série de compromissos e foi desenhada em torno das linhas vermelhas britânicas”.

A fronteira entre as duas Irlandas é a principal preocupação dos deputados de várias bancadas sobre o acordo negociado entre May e Bruxelas. Depois deste ter sido votado e rejeitado, a líder britânica voltou a focar-se a sua estratégia neste ponto fundamental, numa tentativa para  que o parlamento vote esta terça-feira, 29 de janeiro, a favor do acordo. 

Espera-se também a votação de uma moção que dará ao órgão legislativo poderes para pedir a extensão do artigo 50.º do Tratado da UE, o que permitiria adiar a saída do Reino Unido do projeto europeu, agendada para 29 de março. Isto se May não conseguir que um acordo seja aprovado pela Câmara dos Comuns até 26 de fevereiro. 

 A líder britânica garantiu, na sequência de reuniões com os vários líderes partidários britânicos, que iria comunicar as preocupações dos líderes partidários a Bruxelas, numa tentativa de renegociar a salvaguarda.Todavia, e poucas horas depois de o acordo ser rejeitado, o negociador-chefe da União Europeia, Michel Barnier, aconselhou May a abandonar o foco na salvaguarda, garantindo que já “não é uma parte fundamental do debate” entre as duas capitais. 

A posição inicialmente transmitida por Barnier foi apoiada por Dublin. O governo irlandês sempre defendeu a necessidade da salvaguarda, não se mostrando disponível para abdicar dela. Todavia, explica o “Guardian”, há quem em Bruxelas possa estar inclinado para reabrir as negociações sobre o assunto.

Origem
Jornal i
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