Caso a verba para ala pediátrica não seja libertada pelo executivo, administrador poderá sair
“Não quero que isto pareça uma espécie de chantagem ou pressão, mas a verdade é que a situação poderá ficar insustentável dentro de semanas”, confessou Oliveira e Silva ao “Jornal de Notícias”, durante a apresentação do livro “O Lobo Mau no Hospital” – cujo as receitas irão reverter a favor da ala pediátrica do hospital. António Oliveira e Silva disse ainda que está a ser “cada vez mais difícil gerir a situação”, reconhecendo que as condições “são péssimas” e que estas não “deviam fazer parte do século XXI e de um Portugal que se diz europeu”.
“Até ao final da legislatura a obra tem é de estar já a decorrer e acredito que uma decisão favorável vai surgir nas próximas semanas”, adiantou o responsável, acrescentando que se o cenário não mudar de figura, “a demissão é uma hipótese”.
A questão da falta de condições foi levantada pelos pais das crianças com cancro – que estão a receber tratamento naquele hospital – em abril deste ano.
Os pais tiveram “toda a razão pela forma como são tratados os filhos, assim como os profissionais de saúde que merecem melhores condições de trabalho”, considerou António Oliveira e Silva.
Segundo o “Jornal de Notícias”, após a denúncia feita pelos pais, o governo decidiu criar uma zona de ambulatório na zona das consultas externas, como uma solução temporária para o problema.
Face a esta situação, o Ministério da Saúde revelou que a verba tinha de ser desbloqueada pelo Ministério das Finanças para que as obras arrancassem. Há cerca de duas semanas o governo anunciou que tal aconteceria até ao final da legislatura.