Sociedade

Cristina Ferreira: “Julgo que Marcelo sentiu que me podia dar um beijinho”

Em plena guerra de audiências, Cristina Ferreira fala sobre o telefonema de Marcelo. A apresentadora diz ainda que a grelha da noite da SIC teria espaço para o seu programa.

Depois de catapultar, na primeira semana de O Programa da Cristina, as audiências da estação de Carnaxide, Cristina Ferreira fala no Público, de este domingo, do telefonema do Presidente da República para o seu programa.

Cristina Ferreira garante que o telefonema não foi combinado. “Julgo que ele sentiu que me podia dar um beijinho. Acho que ligou para a produção e isso depois foi combinado com a produção. Mas eu não sabia“, refere.

A apresentadora diz mesmo “que ganhamos os dois”. Quanto às críticas de que Marcelo Rebelo de Sousa foi alvo depois do tal telefonema, Cristina refere: “Foi criticado e eu tive uma pena imensa que as pessoas tivessem essa reação, como se ele me tivesse privilegiado em detrimento dos outros, isto quando ele tinha dado uma entrevista ao Manel [Luís Goucha] na semana anterior; como ele já ligou duas ou três vezes para o programa de Fátima Lopes A tarde é Sua ou para a RTP muitas vezes.”

Julgo que ele sentiu que me podia dar um beijinho. Acho que ligou para a produção e isso depois foi combinado com a produção. Mas eu não sabia”

Cristina diz ainda que “o professor Marcelo é assim, é mesmo afetuoso e gosta de deixar marcas nas pessoas. Nós é que somos um país que não entende as coisas de forma mais ligeira como devem ser entendidas”.

De resto, a apresentadora garante que vai guardar para o resto da vida o gesto do Presidente da República.

Cristina confessa que “gosta muito de políticos, de os entrevistar” e que “todos devíamos ter muita curiosidade pelos políticos que nos gerem os destinos”.

Questionada sobre ambições políticas, Cristina Ferreira admite que durante algum tempo, se via no futuro, a ser presidente da Câmara de Mafra, mas garante que já afastou a ideia. Sem adiantar se é de esquerda ou de direita, diz que na “reforma só se imagina a ficar sossegada”.

Diz que não teria levado Mário Machado a um programa seu, mas admite que a extrema-direita “de alguma forma tem que ter espaço”.

Sobre a polémica das touradas, Cristina Ferreira lembra que é do campo e “quem é do campo tem uma visão diferente das pessoas da cidade”. A apresentadora confessa que foi a touradas toda a vida e que na altura “tinha uma visão diferente”. Hoje, confessa que não é “do contra assumido de ir para a porta do Campo Pequeno dizer não às touradas, mas também já não sou capaz de ir a um tourada nem de a ver e não entendo porque é que se faz”.

O caminho, acrescenta, “é para a extinção”.

Quanto ao atual programa, que esta semana liderou a guerra de audiências entre a SIC e a TVI, Cristina garante que o conceito foi criado por si e pelo realizador e coordenador de conteúdos, João Patrício, em 2014, altura em que foi apresentado à TVI que o guardou na gaveta.

neste momento, posso dizer que é um programa de prime time. Na quarta-feira, 60 mil pessoas viram o programa à noite

Sobre o sucesso de O programa da Cristina, apresentadora diz que “o que é curioso aqui é as pessoas à noite irem ver o programa do princípio ao fim”. A apresentadora frisa mesmo que “neste momento, posso dizer que é um programa de prime time. Na quarta-feira, 60 mil pessoas viram o programa à noite”.

Cristina admite que “é muito difícil ter, todos os dias, um produto espetacular do príncipio ao fim”. E reconhece: “tive um presidente do Benfica e agora alguém que esteja equiparado é um presidente do FCPorto e não tem mais ninguém”.

De resto, admite que já convidou Jorge Nuno Pinto da Costa, há muito tempo, mas que ainda não recebeu resposta.

Vê O programa da Cistina a encaixar na grelha da SIC à noite até porque “estamos na fase em que a TV precisa de fazer experiências”:.

Já sobre os números que a catupultaram para a liderança das audiências, admite que “estava preparada para, no primeiro dia, ganhar porque havia esta curiosidade. E estava preparada para no outro não ganhar ou para estar equilibrada ou para continuar a ganhar. Coloquei em mim todos os cenários. Como estou preparada para as coisas irem estabilizando”.

Cristina Ferreira reconhece que ainda não falou com Goucha desde a estreia do seu programa, mas “já me ligaram algumas pessoas da TVI”.

Sobre a SIC diz que é “a estação de televisão mais estável mais estável para eu poder pôr este projeto no ar” e quanto à subida das ações da Impresa, empresa dona da SIC, a reboque das audiências do seus programa diz apenas: “isso é normalíssimo”.

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