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Novichok. Agente nervoso encontrado em garrafa de perfume

Observador

O agente nervoso Novichok que a 8 de julho provocou a morte de Dawn Sturgess, em Salisbury, e que deixou Charles Rowley em estado crítico, estava dentro de uma garrafa de perfume. A notícia é avançadapelo The Telegraph que falou com o irmão da única vítima que sobreviveu.

Matthew Rowley conta ao jornal que o seu irmão lhe confidenciou, durante uma conversa telefónica, que terá pegado no frasco de perfume. Resta agora perceber se Dawn, 44 anos e mãe de três filhos, terá pegado no frasco para se perfumar, auto-administrando o agente nervoso que lhe provocou a morte.

As autoridades britânicas estão ainda a tentar perceber como é que o recipiente terá chegado ao apartamento do casal — uma das teorias avançadas pela imprensa é que o frasco terá sido descoberto perto de um arbusto num parque no centro de Salisbury e o casal terá decidido levá-lo para casa. A outra questão fundamental é perceber se pertence ou não ao mesmo lote usado contra os Skripal.

Para já, e depois de ter selado o apartamento do casal, a polícia britânica avisou que poderá haver resíduos de Novichok noutros locais das redondezas.

Estado clínico melhora, mas ainda é grave

O estado clínico de Charles Rowley tem vindo a melhorar, e embora a sua situação ainda seja grave e o homem de 45 anos já está a comer alimentos sólidos. A sua mulher Dawn morreu uma semana depois de ter sido envenenada. A família foi avisada pelas autoridades que poderá levar meses até que o corpo lhes seja entregue para os rituais fúnebres.

Na passada sexta-feira, um comunicado da polícia avançava que as autoridades tinham encontrado uma pequena garrafa na casa das vítimas. Depois de submetida a análise, ficou confirmado que a substância na garrafa é Novichok.

“Vão ser realizadas mais provas científicas para tratar de determinar se é do mesmo lote que contaminou Sergei e Yulia Skripal”, disseram as autoridades.

Skripal e interferência nas eleições americanas podem vir do mesmo lado

O mesmo serviço de inteligência militar russo acusado de interferir nas eleições presidenciais norte-americanas poderá também estar envolvido no envenenamento do ex-espião russo, Sergei Skripal, no Reino Unido. A notícia é avançada pelo The New York Times.

Segundo o jornal norte-americano, as autoridades britânicas estarão convencidas que o o ataque de março contra Skripal e sua filha, Yulia, foi realizado por agentes do serviço conhecido como G.R.U.

Na passada sexta-feira, o Departamento de Justiça norte-americano anunciou que iria acusar 12 agentes do G.R.U. de interferência com a campanha presidencial norte-americana que deu a vitória a Donald Trump.

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Observador
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