Sociedade

Belém Art Fest. Duas noites de música pelos museus de Belém

Está aí a sétima edição do Belém Art Fest – Festival dos Museus à Noite. Entre hoje e amanhã, uma série de concertos e visitas guiadas pelas exposições de vários museus da zona ocidental de Lisboa

Por dois dias, ao cair da noite, os museus não fecham ao cair da noite em Belém. Ou abrem-se de novo, para o Belém Art Fest – Festival dos Museus à Noite, que à sétima edição acontece entre hoje e amanhã entre o Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, o Museu Colecção Berardo, o Museu Nacional de Arqueologia, o Picadeiro do Museu dos Coches, o Jardim da Praça do Império, o Museu da Presidêndia da República e os Jardins do Palácio de Belém.

Aos concertos, que juntam a esta sétima edição nomes como Liane La Havas, Marcelo Camelo e Dengue Dengue Dengue, soma-se um conjunto de exposições – algumas possíveis de ver à noite, mesmo durante os concertos, mas todas ao início da noite, com visitas guiadas incluídas no preço do bilhete (30 euros por dia). No Berardo, que acolherá as sonoridades mais voltadas para a eletrónica, além da exposição permanente, haverá oportunidade para uma visita guiada por “Between the Devil and the Deep Blue Sea”, do fotógrafo sulafricano Pieter Hugo, ou por “Linha, Forma e Cor – Obras da Coleção Berardo”; no Museu da Presidência, além da exposição permanente, a sala para a qual estão marcados os concertos de Churky (hoje, às 22h05) e de /Lucas (amanhã às 22h20), também “Sem Medo. 60 Anos Depois!”, dedicada às eleições presidenciais de 8 de junho de 1958, disputadas por Humberto Delgado.

Mas vamos à música, prato forte do Belém Art Fest, que contará ainda com workshops e com um mercado de artesanato, montado no Jardim do Império. Hoje, a noite abre com a atuação, às 20h30, de João Berhan no espaço do antigo Museu dos Coches – o Picadeiro Real – onde a partir das 22h atuará depois JP Simões. Sala que no dia seguinte receberá, a partir das 20h40, Tomara (Filipe Monteiro), e depois Momo.

Com os Jardins do Palácio de Belém reservados para nomes como Noiserv, Márcia, Os Compotas e Suave, serão os claustros do Mosteiro dos Jerónimos a acolher o brasileiro Marcelo Camelo num concerto acústico que será a primeira oportunidade para o ver (ouvir) em cinco anos, desde a sua última atuação no Teatro Tivoli, em Lisboa. Um dos nomes que o promotor Álvaro Covões destaca do cartaz desta sétima edição. “Para os claustros do Mosteiro dos Jerónimos, optámos por concertos mais acústicos, intimistas. Para o museu de arte contemporânea, o Museu Berardo, reservámos os concertos de música eletrónica.”

Aí atuarão então Funkamente!, Progressivu, Pedro e, a fechar a primeira noite, a partir da 1h15, Dengue Dengue Dengue, e, ao segundo dia, Monster Jinx com Darksunn e ainda Mike El Nite e Conan Osiris. De volta aos claustros dos Jerónimos, ainda Selma Uamusse com as suas raízes africanas a que junta as influências do jazz, do rock’n’roll, do gospel e do soul, e, no domingo, Janeiro e a cabeça de cartaz Lianne La Havas, cantora, compositora e multi-instrumentista britânica que iniciou a sua carreira com Paloma Faith.

No Museu Nacional de Arqueologia, espaço para as atuações de Beatriz Pessoa e, de algures entre a República Democrática do Congo e a Bélgica, Téme Tan, hoje, e ainda, da Guiné-Bissau, Kimi Djabaté e de Kastrupismo – projeto de Guilherme Kastrup a juntar as raízes da música brasileira com a eletrónica e o jazz.

Origem
Jornal i
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