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Tesla: banco americano prevê lucro maior e carro com preço menor

É inegável que a Tesla ganhará um enorme terreno no mercado automotivo mundial nos próximos cinco anos. A atuação direta de Elon Musk, ainda que muitas vezes com ações questionáveis, está levando o fabricante americano para o topo. Mas, enquanto os preços de seus carros sobem e com eles o distanciamento de muitos consumidores, a previsão é que as coisas se inverterão em meados dessa década.

É inegável que a Tesla ganhará um enorme terreno no mercado automotivo mundial nos próximos cinco anos. A atuação direta de Elon Musk, ainda que muitas vezes com ações questionáveis, está levando o fabricante americano para o topo.

Mas, enquanto os preços de seus carros sobem e com eles o distanciamento de muitos consumidores, a previsão é que as coisas se inverterão em meados dessa década.

Segundo o banco Morgan Stanley, em sua previsão de evolução da Tesla, a marca de Elon Musk irá à contramão do que está ocorrendo hoje no Brasil e em algumas partes do mundo (em decorrência principal da falta de chips).

No momento, fabricar menos e ter produtos de maior valor agregado (e preço final) é a saída para manter as margens de lucro altas, de modo a compensar os problemas da crise e, em algumas regiões, o custo de produção, como no Brasil.

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Na visão da Morgan Stanley, as fábricas da Tesla no Texas e na Alemanha darão ao fabricante de Fremont um volume muito elevado de produção com um custo muito menor que o da sede californiana e até mesmo em relação à China.

O motivo é o novo processo de produção da Tesla, com fabricação de partes únicas em grandes peças. Isso irá cortar muito das despesas e, fazendo mais carros, a empresa lucrará bem mais.

Hoje, a Tesla obtém 20% de margem em média para o Model 3 saindo de Fremont. Essa planta tem um custo bem elevado para a montadora. Em Austin e Grünheide, a margem dos carros da Tesla ficará entre 30% e 35%, segundo o banco.

Com margens bem acima da média americana e mundial, entre 3% e 5%, a Tesla teria dinheiro suficiente não para baixar os preços dos modelos atuais, mas para lançar um carro realmente barato.

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O que se diz atualmente é que haverá um novo carro nos próximos dois anos com preço de US$ 25.000. Isso é para agora, mas Morgan Stanley diz que na metade da década, prevê um modelo por US$ 20.000.

Então, por que a Tesla buscaria um carro mais barato e com menor margem? A tese defendida pelo banco é que Elon Musk quer levar sua marca às massas, difundindo o carro elétrico em grandes volumes.

A ideia não é ganhar mais por carro vendido, mas agregar serviços e tecnologias para um maior número de pessoas. Você só faz isso se estes consumidores forem clientes.

Programas de assinatura, softwares para as mais variadas funções, condução autônoma por tempo limitado ou permanente (com pagamento mensal), seguros, robô-táxis, entre outros, são coisas que Musk seguramente vai querer vender a qualquer um que possa ter um Tesla na garagem.

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Isso sem contar produtos para casa, como Powerwall, Internet das Coisas, dispositivo móvel com a marca Tesla, robô humanoide, uma IA pessoal, etc. Tudo isso com preços menores para proprietários de carros do fabricante.

Como as montadoras já preveem, o futuro não trará lucro na venda de carros, mas em serviços e tecnologias. Quanto maior o alcance, maiores serão os lucros diretos e os investimentos.

Morgan Stanley diz que a Tesla precisa investir US$ 27 bilhões ao ano para virar a mesa e isso é mais que Apple e NASA fazem no mesmo período. Isso significa que mais dinheiro fluirá na eletromobilidade nos próximos anos.

O banco prevê ainda que alguns fabricantes alcançarão preços a partir de US$ 10.000 para carros elétricos nos EUA em meados dessa década e a competição será a responsável por isso e não os incentivos fiscais, que deverão diminuir drasticamente entre 2025 e 2030.

[Fonte: FCE]
Origem
www.noticiasautomotivas.com.br
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