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O primeiro dia de Iñaki na prisão: uma cela com duche e dois rolos de papel higiénico

Diario Noticias

Cunhado do rei de Espanha deu entrada esta segunda-feira na prisão de Brieva, em Ávila, para cumprir a pena de cinco anos e dez meses por participação no caso Nóos.

Ao chegar à prisão de Brieva, em Ávila, Iñaki Urdangarin tem de deixar a aliança e o relógio cá fora. Em troca, o marido da infanta Cristina e cunhado do rei Filipe VI de Espanha recebe dois rolos de papel higiénico, escova de dentes e talheres de plástico. E terão de durar para um mês, conta o diário El Mundo que reconstituiu o percurso do ex-jogador de andebol nas suas primeiras horas como prisioneiro.

Urdangarin chegou a Madrid duas horas antes de dar entrada no estabelecimento prisional para cumprir a pena de cinco anos e dez meses de prisão a que foi condenado pela sua participação no caso Nóos.

O marido da infanta Cristina acabou por optar pela prisão feminina de Brieva – que tem também um módulo para homens – em vez de optar pela de Menorca, uma das mais modernas e menos massificada de Espanha, ou pela de Vitoria, próxima da sua família.

Passados os controlos de segurança e separada a roupa que pode entrar da que não cumpre as medidas de segurança, o réu recebe dois embrulhos: um com uma toalha, lençóis, cobertor e almofada; outro com os produtos de higiene – os tais rolos de papel higiénico, a escova de dentes e uma escova de pentear. Se terminarem antes de ter passado um mês, terá de pedir outros por escrito.

O cunhado do rei de Espanha vai cumprir pena numa cela com 13 metros quadrados, com ar condicionado, duche e casa de banho. A prisão de Brieva foi toda remodelada recentemente – umas obras que custaram 1,6 milhões de euros.

A 12 de junho, o Supremo Tribunal espanhol baixou para cinco anos e 10 meses a pena a que Urdangarin tinha sido condenado e impôs uma condenação por peculato, invasão, fraude à administração e crimes fiscais que obrigam a cumprir pena de cadeia. A redução da pena ficou a dever-se à absolvição do cunhado do rei de Espanha do crime de falsificação de documento público cometido pelo funcionário, uma vez que o seu envolvimento não ficou provado.

A Justiça espanhola tinha absolvido a 17 de fevereiro de 2017 a infanta Cristina da suspeita de evasão fiscal no caso do Instituto Nóos, mas condenou o seu marido. Urdangarin, foi na altura condenado a seis anos e três meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 512 553 euros por enriquecimento com dinheiros públicos através de um esquema fraudulento feito pelo Instituto Nóos, que fundou e dirigiu entre 2004 e 2006.

Origem
DN
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