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Polícia seguiu pista falsa durante quatro anos no “caso Maddie”

Correio da Manhã

Imagem de homem a transportar uma criança foi durante anos uma das principais linhas de investigação.

A imagem de um homem a transportar uma criança ao colo na noite em que Madeleine McCann desapareceu do aldeamento turístico onde estava instalada com os pais na Praia da Luz, em Lagos, foi durante quatro anos uma das maiores linhas de investigação das autoridades portuguesas e inglesas. No entanto, a imprensa britânica revela agora que esta não passava de uma pista falsa, cuja explicação esteve sempre à vista da polícia.

Segundo avança o The Sun, a resposta para este quebra-cabeças seria Julian Totman, um médico que admitiu ter passado com a filha de dois anos em frente ao apartamento onde a família McCann estava instalada. O homem, que também estaria a passar férias no mesmo resort que os ingleses, teria ido buscar a filha a uma creche.

A pista surgiu por parte de Jane Tanner, uma amiga dos pais de Maddie, Kate e Gerry McCann. A britânica afirma ter visto um homem com uma camisola castanha e calças bege, a transportar uma criança vestida com um pijama cor de rosa e branco, na noite em que o rasto de Maddie se perdeu.

A descrição feita por Jane correspondia à estatura de Totman, bem como às roupas que este usava. De acordo com a imprensa britânica, o médico terá sido interrogado pela GNR logo após três dias do desaparecimento da menina inglesa, mas o seu depoimento não teve grande peso na investigação. A polícia continuou a investigar o rasto do suspeito, que pensavam ser outra pessoa.

Totman sempre acreditou que a pessoa que a polícia procurava era ele próprio, bem como a sua esposa, Rachel. “O meu marido disse à polícia que podia ser ele mas nunca mais ouvimos falar de nada nem fomos procurados. Quando a polícia percebeu realmente a importância do que dizíamos já era tarde de mais”, afirmou em declarações ao The Sun.

Jane Tanner fazia parte do grupo de amigos dos pais de Maddie, que estavam com os mesmos a jantar num restaurante na noite em que a criança desapareceu. Alega ter visto o homem por volta das 21h15 do dia 3 de maio de 2007, no momento em que se dirigia ao resort para ver se os seus filhos estavam bem. Kate McCann deu conta que a menina tinha desaparecido por volta das 22h00.

Apesar de ter recebido ordens para não comentar publicamente o que tinha visto naquela noite, a testemunha desafiou as recomendações policiais e em outubro de 2007 o casal McCann divulgou um esboço daquele que Jane descreveu como o suspeito, ficando conhecido como ‘Tannerman’.

O depoimento de Totman só foi tido em conta pela Scotland Yard (polícia britânica) em 2011, algo considerado pelos responsáveis como um “momento de revolução” na investigação do caso. “Temos quase a certeza que este não é o homem que procuramos”, afirmou o inspetor chefe da polícia britânica.

Recentemente, o Ministério do Interior Britânico anunciou que vai contribuir com um financiamento extra de 175 mil euros às autoridades encarregues do caso do desaparecimento. Madeleine McCann desapareceu há exatamente 11 anos na Praia da Luz, no Algarve, em 2007.

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CM
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